quarta-feira, dezembro 27, 2006

sombra e água fresca ...

Não me lembro, exatamente, quando foi a última vez que tirei uns dias férias para viajar e descansar um pouco. São anos trabalhando a fio, sem parar ou então, vivendo momentos de transição onde eu estava envvolvido com problemas pessoais ou com o desenvolvimento de novos projetos e, por isso mesmo, mais preocupado ainda em acelerar os processos de abertura e, consequentemente, entrada de dinheiro, pois os compromissos, como bem sabemos, não param.

Mas, voltando as boas ... rsrsrs dezembro foi o mês em que aconteceu essa breve parada. Esse hiato no tempo. Essa pausa providencial em minha vida. Foram apenas dez dias longe da rotina diária e dos compromissos regulares. Dez dias onde pude acordar tarde, tomar café e ficar horas lendo tranquilamente um bom livro. Nesses dez dias eu fiz da lentidão minha morada rsrsrs e do sossego amparo para todos os meus devaneios. Deixei a pressa do lado de fora da casa e pensei na vida com os olhos da reflexão. Pude caminhar descalço pelas areias de Camboriú, visitar as praias próximas e dar um pulo em Brusque.

Ouvi a exaustão, o último cd do Beck "Guero" e me entreti lendo "100 anos de solidão". É impressionante como esquecemos dos problemas da vida lendo as páginas de um bom livro. Se estes estiver acompanhado das suas merecidas férias, melhor ainda. Sei dizer, que passar horas a fio na companhia da minha querida esposa e, podendo desfrutar de tudo aquilo que gosto de fazer, porém, quase não tenho conseguido arrumar tempo, foi mágico e necessário. Não podemos dedicar a nossa vida somente ao trabalho. A ociosidade frequente pode ser um grande problema, mas, na medida certa é a solução vital.

Fotos, quitutes, cervejinha gelada, praia e passeios gastronômicos completaram a diversão !!!

domingo, dezembro 17, 2006

novos tempos ...

Os últimos dias tem sido de extrema exaustão pra mim. Não sei como tenho conseguido reunir forças para tratar das coisas relacionadas a minha música. Parece que aumenta cada vez mais a quantidade de coisas que temos que realizar diariamente. Registro das músicas, pagamento da hospedagem do site, desenvolvimento da arte da camiseta, projeto gráfico do EP, mixagem e masterização das músicas, ensaios, concepção do cenário do show, desenvolvimento da segunda edição da festa RockPop&Afins! e muitas outras coisas mais. O mercado alternativo está caminhando para a profissionalização e, todos esses detalhes, que antes pareciam exagerados, hoje nada mais são do que a mera organização do meio. Foi-se o tempo do romantismo. A era do empreendedorismo chegou, finalmente, para ficar. Por um lado é bom ! Para aqueles que tem disposição para trabalhar e não ficam apenas sonhando em ganhar milhões de dolares através de contratos com a nossas "queridas" multinacionais, a possibilidade de colocar em prática o famoso lema dos punks "faça você mesmo" foi o que de melhor aconteceu nesses últimos tempos. Isso tudo, é claro, devido a nossa querida internet. Sem ela, ainda estaríamos confeccionando zines de papel para divulgar nossos trabalhos e engatinhando rumo a distribuição de cds.

Bem, nesse período que eu resolvi entrar de cabeça nesse mercado, vi o quanto o despreparo assola a grande maioria que lida com artes. São pessoas que ainda vivem o deslumbre das grandes gravadoras e que amargam a impossibilidade do sucesso. Digo isso, por que o sucesso para essas pessoas quase sempre está relacionado a tocar no Faustão, ter uma super exposição na mídia , ser reconhecido na rua e vender milhões de cópias. Bem, o que eu desejo não é nada disso e sim, formar o meu público, lentamente, lançar meus "discos" e sair por ai com as minhas mini turnês tocando para aqueles que realmente gostam do meu trabalho, não para os modistas de plantão que te esquecem depois de um ano. Há muito tempo, que eu digo que o caminho era a independência por total. Quando estive no escritório do Pierre Aderne ( Panela Music ) lá em Ipanema conversando sobre um possível trabalho em parceria, o mercado já dava os primeiros indícios de independência. Naquela ocasião, os cds bíblicos do Cid Moreira já estvam sendo vendidos aos milhões nas bancas de jornais. Lógico, que a estrutura ainda era precária. A internet ainda não tinha essa força de hoje em dia, não existiam selos estruturados, divulgadores especializados nesse mercado, empresas de distribuição e por ai vai. Hoje a realidade é outra. A estrutura permite uma carreira digna e super bacana ,com turnês ao redor do mundo, que o diga o pessoal do AUTORAMAS, e uma vida artistica longe das cobranças e das ilusões vendidas ao longo de anos pelas grande gravadoras. Por isso mesmo, eu não aceito que me venham falar que as grandes gravadoras possibilitam uma projeção diferente e que a visibilidade, através delas, é maior do que o trabalho realizado de forma independente. No final das contas, o que manda nisso tudo, é a questão financeira que pode, tranquilamente, ser arcada com recursos próprios, como também, através de investidores. A maior prova disso, é a lei de incentivo a cultura que está sendo muito bem utilizada por alguns artitas. Pena que ainda seja pequena a parcela de profissionais que fazem uso desse recurso.

Bem Vindo ao Reino Encantado da Fantasia - "Agora o seu sonho pode ser uma realidade" !!!

sexta-feira, novembro 24, 2006

prefácio - " cem anos de solidão" ...

Cem anos de solidão

Gabriel Garcia Marquez

editora record

prefácio

Um comboio carregado de cadáveres. Uma população inteira que perde a mermória. Mulheres que se trancam por décadas numa casa escura . Homens que arrastam atrás de si um cortejo de borboletas amarelas. São esses alguns dos elementos que compõem o exuberante universo deste romanceno qual se narra a míticahistória da cidade de Macondoe de seus inesquecíveis habitantes.

Lançado em 1967, Cem Anos de Solidão é tido, por consenso,como uma das obras-primas da literatura latino-americana moderna. O livro, logo tornou o colombiano Gabriel Garcia Márquez (1928) uma celebridade mundial; quinze anos depois,em 1982, ele receberia o prêmio Nobel de Literatura.

Aqui o leitor acompanhará as vicissitudes da numerosa descendência da família Buendia ao longo de várias gerações. Todos em luta contra uma realidade truculenta, excessiva, sempre a beira da destruição total. Todos com as paixões a flor da pele. E o "realosmo mágico" de Garcia Márquez não dilui a matéria que trata - no caso, a história brutal e as vezes inacreditável dos povos latino-americanos. Pelo contrário: só a torna mais viva.

minha opinião

Vi algumas entrevistas do Gabriel Garcia Márquez, onde ele menciona que muitas passagens do livro são, na realidade, autobiográficas. Acontecimentos corriqueiros do seu passado, foram, magistralmente, incorporados a história. Situações do seu cotidiano foram transportados para o texto com uma habilidade cirurgica. A narrativa é retratada de uma maneira tão singular que a história parece verídica. Não é difícil de acreditar em todo aquele derrame de informações que explora o livro. Apesar de datado, o texto não soa cansativo aos olhos do leitor. Particularidades a parte, "Cem Anos de Solidão" não rompe com a tradição e, sim, faz dela grande aliada.

Depois de vencida as páginas iniciais, a estória torna-de envolvente. Realmente, um grande livro !!!

quinta-feira, novembro 02, 2006

os dois lados de tudo ...

Tenho feito um esforço ENORME para conseguir resgatar o hábito da leitura. Não que meu desejo não seja este, mas, o cansaço que me assola não tem permitido que a minha vontade seja tamanha. Ainda assim, tenho tentado driblar, com a ginga de um Garrincha, os excessos profissionais. Sei que não devemos nos escravizar, nem fazer dos nossos compromissos uma prisão. No entanto, vamos nos envolvendo de tal forma com as coisas que quando nos damos conta, estamos de pés e mãos atados. Sei que já mudei bastante o meu ritmo de vida, mas, preciso que está mudança seja bem mais significativa. Tracei planos, estabeleci metas e coloquei prazo para que os meus objetivos se confirmem. Pretendo, no próximo ano, me dedicar bem mais a música do que fiz até então. Quero que as minhas atividades culturais sejam mais intensas e que o meu trabalho caminhe por si só. Não quero que ele seja tão dependente assim de mim. Hoje, decidi comprar um novo desafio. O desafio de manter o meu sonho cada vez mais presente e, para isso, preciso ter mais liberdade do que venho tendo. Preciso que o meu trabalho exija menos de mim. Não quero deixar que os valores materiais se tonem mais importantes em minha vida que os meus ideais. Sempre fui um sonhador , e, a essa altura do campeonato, não pretendo deixar de ser, está na minha essência. O dia que isto mudar, talvez eu me torne uma pessoa amarga. Só de pensar nessa possibilidade, sinto calafrios. Não consigo imaginar artistas, românticos ou poetas entregues a comportamentos extremamente racionais. Todos que são dados a emoção, trazem em si, o carinho pela vida. Pelas atitudes desprovidas de interesse. Sofredores são todos aqueles que se privam da emoção e fazem disso uma forma de vida. Lamento profundamente por estes que olham para os opostos com um certo ar de inveja.

Pois bem, vejo ao meu lado as páginas consagradas de Gabriel Garcia Marquez. " Cem anos de solidão" já foi imortalizado pela crítica e frequenta as prateleiras dos mais vendidos. Entregar-me a uma leitura datada, densa e rica em detalhes não é tarefa fácil para quem, além da falta de tempo, é um disperso por natureza. Sempre tive dificuldades em me concentrar. Minha mente assume pensamentos díspares com uma facilidade absurda. Não sou o tipo de pessoa que consegue ler com a televisão ligada. Preciso do silêncio para poder tomar as decisões. Preciso da calmaria para que a leitura venha a me entreter. Por isso, que tanto gosto da solidão das noites. É nela que consigo pensar nas letras que tenho vontade de escrever. Durante a madrugada é que saem as melhores frases, as construções que mais me orgulho e os rascunhos mais interessantes. O resto, são quase sempre devaneios que surgem ao longo do dia, no meio do trânsito ou, num estacionamento qualquer.

Nada como as horas serenas de uma boa madrugada onde a vida repousa sem a pressa dos dias.

navegar é preciso ...

Faz um certo tempo que eu não apareço por aqui, mas, a correria tem sido a tônica dos meus dias. Devido a isso, essa semana peguei-me observando o ritmo de vida de algumas pessoas, analisando seus comportamentos perante a sociedade. É incrível como o trabalho nos consome de uma tal forma que, frequentemente, ficamos em segundo plano e, tudo isso, em função dos vários compromissos que assumimos. Não é difícil encontrar pessoas que "só" fazem trabalhar. Essa sobrecarga se dá, ou por uma necessidade extrema, ou mesmo, pelas "armadilhas" da vida. Conquistar a tão sonhada independência financeira e conseguir realizar sonhos é o desejo de nove em cada dez mortais. Sabemos que alguns vão por vias de acesso nada confiáveis, mas, a grande maioria, - ainda bem - é de trabalhadores honestos e verdadeiros cidadãos. Por isso mesmo, sofrem pra burro como todos nós ! Sofrem pela falta de dinheiro, ou pelo excesso de compromissos. Dediquei-me, um dia desses, a prestar atenção no comportamento do pequeno empresário brasileiro. Escrevo sobre isso com certa propriedade por que estou em contato com esta realidade diariamente. Vejo o enorme número de apelos que surgem por melhorias trabalhistas e condições mais adequadas de trabalho. Sei o quanto são validas essa reenvidicações, no entanto, vale ressaltar o empenho, a dedicação e a força de vontade do pequeno empresariado brasileiro que move mundos e fundos por uma situação mais digna da sua empresa como também, de seus funcionários. É comum encontrarmos associações de empregados que lutam pelos seus direitos com um afinco de dar gosto. Mas, poucos, são aqueles que param para analisar as acões dos pequenos empresários brasileiros. Estes são discriminados, destratados e, muitas vezes, ignorados pelo nosso governo. Justamente, por que esses não financiam campanhas e nem ajudam a caçar votos. O pequeno empresário é aquele que conta o dinheiro para pagar as contas, taxas e impostos no final de cada mês e que, prioriza os compromissos com seus funcionários. O pequeno empresário é aquele que luta com dificuldade, mas, não se cansa de buscar alternativas para driblar a crise, é aquele que aposta em soluções criativas e trabalha até 16 horas por dia para fazer valer o sonho de independência. O pequeno empresário é aqule que atura clientes, fornecedores e funcionários pedindo adiantamento de salário. O pequeno empresário é aquele que gera noventa por cento dos empregos deste país e mesmo assim, se vê sem condições inadequadas de desenvolvimento. O pequeno empresário é pai e mãe de família. Digo isso, por que este profissional, além de líder, é também, o responsável por uma série de vidas. Ele carrega em seus ombros, o peso do sustento familiar, não só dele, como também de várias outras famílias. Pessoas que precisam e dependem desses empregos para colocarem em suas mesas o arroz com feijão de cada dia. O engraçado, é, que pouco se fala e menos ainda se faz por esse profissional.

É triste constatar que, mesmo lutando como um bravo, o empresário brasileiro quase sempre é deixado ao Deus dará. Pena que a nossa realidade seja essa, a do descaso, do abandono e do sofrimento. Pena que vários postos de trabalho não possam ser criados e que o desemprego continue galopante. Ainda bem que nós não deixamos de ter fé !!!

sábado, julho 01, 2006

show do Blue Bell ...

Esse segundo show me fez lembrar a época do Prima Causa, minha antiga banda. Tocávamos quase todo final de semana e, estávamos sempre correndo de um lado para o outro agendando shows e acertando novas datas com produtores e donos de casas noturnas. A internet ainda engatinhava e não existiam sites, blogs ou comunidades virtuais. O nosso trabalho era baseado na divulgação entre os amigos e através de zines e filipetas distribuidas em shows pela cidade. Foi um período bastante divertido em que aprendemos muito com todas as adversidades que encontramos pelo caminho. Apanhamos com erros de produção e aprendemos a conduzir as coisas da nossa própria forma . Pena, que tudo terminou. Ficaram as amizades, as boas lembranças e a certeza de que vale a pena lutar por um grande sonho.

Bem, voltando ao Blue Bell, ou melhor, ao segundo show, o clima era de embalo. Havíamos tocado há poucos dias no 92 Graus e estávamos super empolgados com a idéia de que uma agenda estava sendo formada. Fora esse show, mais duas datas já estavam sendo acertadas. No entanto, essa apresentação nos fez ver o quanto tínhamos que mudar o rumo do trabalho para que as coisas viessem a acontecer da maneira como sempre desejamos. Por mais que as músicas falem por si só - na nossa opinião, é claro - a necessidade de uma produção se fez presente. Vi o quanto só nós escutávamos os arranjos das músicas com clareza. Percebi que o formato que nós havíamos escolhido para as apresentaçãoes, jamais funcionaria na prática. Ficou clara a necessidade de mudança. Outra coisa que ficou clara, é que nós não podemos sair por ai tocando com bandas totalmente díspares. Essa noite me fez lembrar de dois shows antológicos e inusitados. Ambos, inclusive, foram realizadas no Rock'n Rio. O primeiro, aconteceu quando o Erasmo Carlos foi bombardeado por um mar de vaias orquestradas pelos metaleiros no 1o Rock'n Rio. Tornou-se impossível a apresentação dele. O cara foi simplesmente massacrado por um público que estava ávido por ouvir heavy metal. Outra apresentação que ficou marcada pelo erro grotesco da produção foi a noite em que o Lobão se apresentou junto com a bateria da Mangueira em um dia dedicado ao metal. São estilos que não se afinam, propostas totalmente díspares e conceitos opostos o que torna bastante difícil a relação entre esses públicos. Por isso, selecionar os shows é algo que faremos daqui para frente. Não que haja algum tipo de preconceito da nossa parte, mas, para o público, muitas vezes se torna chato ter que assistir ao show de uma banda com um estilo totalmente diferente daquele que ele normalmente curte.

O show em si, foi bem mais tranquilo e produtivo do que o anterior. Não me perdi no meio de comentários extensos e observações descabidas. Concentrei-me apenas nas músicas. Precisava ouvi-las sem influências externas. O alcool, na primeira apresentação que fizemos, me tirou todo e qualquer senso crítico. Não conseguia lembrar com nitidez dos acontecimentos passados. No entanto, para essa segunda apresentação, guardei comigo, a vontade de acertar e a necessidade de me fazer entender. Não podia cometer os erros anteriores nem tampouco me deixar levar pela ocasião. Existia uma necessidade enorme de auto conhecimento e isso só seria possível a partir do momento que eu estivesse totalmente lúcido, algo que desta vez aconteceu.

Para os próximos shows fica a certeza de muito trabalho, empenho e dedicação.

segunda-feira, maio 01, 2006

o retorno ...

Dia 22 de dezembro rolou a estréia que eu tanto esperava. Depois de um longo período de inverno, voltei a pisar em um palco e a participar de um show. Tudo que eu senti, foi uma enorme alegria que parecia não ter fim. Em vários momentos, cheguei a pensar que isso não voltaria a acontecer e que, teria que conviver com a música apenas como um espectador. Deixei para trás, toda a frustração que senti com o término do Prima Causa. Os 30 minutos, de duração do show, foram de entrega total. Precisava esquecer tudo, e o fiz. Sepultei o passado e cantei cada nova melodia com o mesmo sentimento de antes. São novos arranjos, novas idéias e sobretudo, um novo formato. Quero, e pretendo, levar adiante o mesmo e velho bom sentido de banda. No entanto, se tiver que sair por ai acompanhado apenas por minha guitarra e um monte de aparelhos eletrônicos, farei com a mesma convicção do passado. Gosto e continuo nutrindo um enorme interesse por trabalhar em grupo, mas, tenho plena consciência das dificuldades que cercam esta escolha. Tudo torna-se simples quando o resultado é algo aparente e imediato, mas, quando envolve dedicação, empenho e paciência a estória muda um pouco de figura. Hoje, lido com esta realidade com um desembaraço tão grande, que as vezes me espanto ao perceber o quanto mudei. Não tenho mais medo de arriscar, nem mesmo, de seguir sozinho por esse novo caminho.

Bem, cheguei cedo o suficiente para beber todas as cervejas que tinha direito e perceber, que isso não ajuda a melhorar o desempenho no palco. Como o meu intuito era realizar um show totalmente desprovido de qualquer tipo de glamour, relaxei e me concentrei apenas nas canções. Pude trocar figurinhas com outros músicos, conversar sobre novos shows e não mais sobre produções. Pude combinar de me apresentar em outras casas e participar de novos projetos. Pude sentir novamente a ansiedade por subir no palco. Pude esperar por um aplauso como qualquer outro músico quando termina uma canção. Pude ter a certeza de que é isso que eu realmente amo na vida. Não estou perocupado em gravar um disco e ficar famoso. Estou perocupado, sim, em colocar para fora todas as minhas idéias, emoções e fazer com que elas cheguem ao maior número de pessoas possíveis. Tenho um prazer enorme em tocar para um grupo de 10 pessoas da mesma forma, que sinto prazer em me apresentar para uma pequena multidão.

Enfim, voltei !!!

sexta-feira, abril 07, 2006

Se eu fosse você ...

Se eu fosse você, assistiria ao filme estrelado pela Glória Pires e Tony Ramos, "Se eu fosse você". Além de ser um filme leve e divertido, nos leva a uma constatação muito bacana que, o cinema nacional deixou, de uma vez por todas, para trás a imagem vulgar que carregou por longos anos. Sabemos o quanto existem filmes nacionais de excelente qualidade, apesar das produções serem extremamente precárias. Mas, aquela época era de aprendizado e pouquíssimos recursos, algo que ainda hoje impera apesar do desenvolvimento do nosso cinema. Muitos produtores ainda operam verdadeiros milagres para conseguirem colocar de pé projetos que muitas vezes ganham teias em prateleiras por falta de verbas. Investidores ainda teimam em analisar este segmento, como também os esportes, como algo que não vem a ser prioridade. Existem leis de incentivo que são pouco exploradas devido a falta de conhecimento da grande maioria. O governo, infelizmente, não divulga as leis de incentivo a cultura, o que faria, que muitos empregos fossem gerados, possibilitando assim, oportunidades em uma área que, quase sempre, consegue despertar o interesse de todos.

Voltando ao assunto ... o filme relata a troca de personalidades de um casal e os conflitos e dúvidas causados por isto. A dificil tarefa de administrar essa situação, faz muita gente morrer de rir no cinema. Apesar do ritmo de comédia, o filme pode levar a uma reflexão sobre os problemas do cotidiano. A falta de tempo, o ritmo frenético dos dias e a constante exigência que a sociedade nos impõe de que devemos ser pessoas de exito e sucesso. Mas, fiquem tranquilos, que não é nada tão explícito assim.

Enfim, assista ao filme e saia de casa com a certeza de que você terá uma noite leve e agradável. No final das contas você vai perceber o quanto é importante dedicar algum tempo ao seu lazer, mas não se esqueça de comprar a pipoca. Cinema sem pipoca não é a mesma coisa. Eu que o diga!

sábado, março 11, 2006

Devagar e sempre ...

Sei o tempo que estamos investindo nessa pré-produção. Muitas vezes, tudo parece lento demais, no entanto, hoje percebemos o quanto é necessária a paciência. Despreza-la, é o mesmo, que cometer um grande erro. Todas as tentativas anteriores, apesar de frustradas, só nos fizeram amadurecer. Hoje encaro com naturalidade as dificuldades e vejo com nitidez a evolução de todo o processo. Deixamos pra trás todos os contratempos e passamos a investir na execução. Os planos, enfim, sairam da prateleira e ganharam espaço em nossa rotina diária. Compramos a idéia de destinar um tempo aquilo que realmente amamos fazer. Música ! Para isso, não poderíamos medir esforços e assim, temos feito. Eu e Gustavo, estamos nos encontrando regularmente e as músicas estão ganhando forma. Aos poucos, nós percebemos o quanto elas estão ficando bacanas. Acho que uma das maiores virtudes deste trabalho, é exatamente o fato de nós o termos deixado totalmente livre. Em momento algum, o conceito se tornou mais importante que a música. A pré-produção vem sendo feita de forma natural e sem a preocupação de nós alcançarmos um resultado já pré-determinado. A liberdade que nós adotamos vem produzindo um resultado bacana e bem diferente daquele que eu imaginava inicialmente para as músicas. O conceito virá com a continuidade do trabalho.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Um passo atrás ... Dois, a frente !!!

As vezes é necessário dar um passo atrás para que nossos objetivos sejam alcançados. Só conseguimos avançar, a partir do momento que reconhecemos nossos próprios erros. Frequentemente nos vemos cercados por situações que nos levam a uma reflexão nem sempre tão agradável. Parar e analisar o andamento de nossas vidas nos faz entender a importância da ociosidade. Quase não temos tempo para nada. Dividimos o dia de maneira que ele se torne bastante produtivo, porém, as horas são sempre poucas diante das nossas necessidades diária. Recentemente, me vi tendo que tomar uma decisão não tão simples assim. Esbarrei no desejo de contornar o inevitável e nem por isso, consegui me livrar da obrigação de resolver o problema. Acho incrível a capacidade que o ser humano tem de se repetir. Normalmente, quebramos a cara umas duas ou três vezes antes que consigamos contornar um determinado fato. Deixar de lado os pudores e encarar os problemas com a sabedoria dos sábios leva tempo e demanda empenho e dedicação. Sendo assim, não basta apenas estar ciente de uma determinada necessidade e sim, ter o bom senso de resolve-la. Para isso, amparei-me na lógica. Não podia continuar convivendo com algo que estava me incomodando ao extremo. Sofri por dias, mas, finalmente, me vi livre do mal estar. Agora, basta levar adiante a decisão tomada.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

aos trancos e barrancos ...

Acabei de chegar em casa !!! São 00:55 hr e o sono é tremendo !!! Não sei como venho conseguindo reunir forças para levar adiante, com tanto interesse, todo esse processo de pré-produção. Hoje passei 3 horas direto na frente do computador, junto com o Gustavo, desenvolvendo as músicas que farão parte do nosso ep de estréia. Estou, simplesmente, exausto. Tudo que quero é deitar e dormir, mas, não conseguiria fazer sem antes deixar registrado esse momento de enorme cansaço. Amanhã, já recuperado, prometo escrever sobre o desenvolvimento do nosso trabalho, ok? Fui ...

sábado, fevereiro 11, 2006