quinta-feira, novembro 02, 2006

navegar é preciso ...

Faz um certo tempo que eu não apareço por aqui, mas, a correria tem sido a tônica dos meus dias. Devido a isso, essa semana peguei-me observando o ritmo de vida de algumas pessoas, analisando seus comportamentos perante a sociedade. É incrível como o trabalho nos consome de uma tal forma que, frequentemente, ficamos em segundo plano e, tudo isso, em função dos vários compromissos que assumimos. Não é difícil encontrar pessoas que "só" fazem trabalhar. Essa sobrecarga se dá, ou por uma necessidade extrema, ou mesmo, pelas "armadilhas" da vida. Conquistar a tão sonhada independência financeira e conseguir realizar sonhos é o desejo de nove em cada dez mortais. Sabemos que alguns vão por vias de acesso nada confiáveis, mas, a grande maioria, - ainda bem - é de trabalhadores honestos e verdadeiros cidadãos. Por isso mesmo, sofrem pra burro como todos nós ! Sofrem pela falta de dinheiro, ou pelo excesso de compromissos. Dediquei-me, um dia desses, a prestar atenção no comportamento do pequeno empresário brasileiro. Escrevo sobre isso com certa propriedade por que estou em contato com esta realidade diariamente. Vejo o enorme número de apelos que surgem por melhorias trabalhistas e condições mais adequadas de trabalho. Sei o quanto são validas essa reenvidicações, no entanto, vale ressaltar o empenho, a dedicação e a força de vontade do pequeno empresariado brasileiro que move mundos e fundos por uma situação mais digna da sua empresa como também, de seus funcionários. É comum encontrarmos associações de empregados que lutam pelos seus direitos com um afinco de dar gosto. Mas, poucos, são aqueles que param para analisar as acões dos pequenos empresários brasileiros. Estes são discriminados, destratados e, muitas vezes, ignorados pelo nosso governo. Justamente, por que esses não financiam campanhas e nem ajudam a caçar votos. O pequeno empresário é aquele que conta o dinheiro para pagar as contas, taxas e impostos no final de cada mês e que, prioriza os compromissos com seus funcionários. O pequeno empresário é aquele que luta com dificuldade, mas, não se cansa de buscar alternativas para driblar a crise, é aquele que aposta em soluções criativas e trabalha até 16 horas por dia para fazer valer o sonho de independência. O pequeno empresário é aqule que atura clientes, fornecedores e funcionários pedindo adiantamento de salário. O pequeno empresário é aquele que gera noventa por cento dos empregos deste país e mesmo assim, se vê sem condições inadequadas de desenvolvimento. O pequeno empresário é pai e mãe de família. Digo isso, por que este profissional, além de líder, é também, o responsável por uma série de vidas. Ele carrega em seus ombros, o peso do sustento familiar, não só dele, como também de várias outras famílias. Pessoas que precisam e dependem desses empregos para colocarem em suas mesas o arroz com feijão de cada dia. O engraçado, é, que pouco se fala e menos ainda se faz por esse profissional.

É triste constatar que, mesmo lutando como um bravo, o empresário brasileiro quase sempre é deixado ao Deus dará. Pena que a nossa realidade seja essa, a do descaso, do abandono e do sofrimento. Pena que vários postos de trabalho não possam ser criados e que o desemprego continue galopante. Ainda bem que nós não deixamos de ter fé !!!

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