quinta-feira, dezembro 20, 2007

a prática faz o monge

Apesar de tocar alguns instrumentos, nunca me considerei um instrumentista e, tenho a plena convicção de que não sou. Sempre invejei, - no bom sentido, é claro - aqueles que tocam com maestria e sabem, exatamente, o que estão fazendo. Dominam a técnica como ninguém e se utilizam de todos os recursos que a música tem a oferece. Sei que tenho facilidade para desenvolver arranjos, escrever letras e elaborar melodias, mas, quando o assunto é conhecimento musical, me reúno ao grupo dos descontentes. Aqueles que seguem a música por intuição, somente.

Lembro-me do Leo dizendo que ter conhecimento demais pode acabar sendo prejudicial e atrapalhando a construção ritmica, obviamente, quando se trata de música pop. As composições acabam ficando burocráticas demais e sem sentimento. A matemática predomina sobre a emoção. Mas, o que me levou a escrever sobre esse tema, foi justamente, a necessidade de conhecer melhor o instrumento, bem como, executar de forma apropriada os arranjos que desenvolvi.

Não é de hoje que eu tenho uma enorme resistência em tocar música cover. No entanto, sempre gostei de fazer novos arranjos para músicas conhecidas. Acho que dessa forma, eu sinto a música, um pouco, como se fosse minha. Dessa forma, tenho feito alguns arranjos para antigos sucessos, e isso, tem me levado a tocar bastante. Realmente, a prática, faz toda a diferença. Me sinto mais seguro e animado com a idéia de subir em um palco sozinho. Me apresentar sem que eu tenha que ser acompanhado por uma banda. É bom imaginar que dessa forma eu posso tocar em várias cidades sem ter que consultar a disponibilidade de cada músico. Não se pode negar, que ensaios e shows em grupo é algo super bacana. No entanto, hoje é possível colecionar bandas e projetos que não avançaram por falta de entendimento ou disponibilidade entre os integrantes.

Optei pela liberdade e, o último grande passo que dei, foi a aquisição de todos os programas necessários para se produzir música. O que pode soar como uma atitude arrogante ou pretensiosa, nada mais é, que a vontade de se sentir livre. Decidi montar o meu estúdio, aprender a usar os equipamentos e lançar os meus "cds" - cada vez mais essa mídia se torna obsoleta - sem pressa e com as possibilidades que o mercado alternativo tem a me oferecer.

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